Temos no Brasil atualmente o menor número de estrangeiros de toda a história: aproximadamente 1 milhão de pessoas, que representam cerca de 0,4% da população residente no país. Segundo o secretário executivo do Ministério da Justiça, a explicação para isto pode estar na alteração do perfil do estrangeiro que vem para o Brasil.
“Até metade da década de 90 do século passado nós recebíamos imigrantes empreendedores. Eram chineses, coreanos, libaneses, que vinham ao Brasil tentar montar pequenos negócios. Depois disso, o cenário se modificou. Vimos o Brasil começar a receber trabalhadores sazonais, mão de obra qualificada ou especializada, que chegou ao país por causa do desenvolvimento da indústria de petróleo, da indústria automobilística, da química pesada e da física também”.
De acordo com Barreto, tais executivos de multinacionais permanecem no país por no máximo dois anos, sem as famílias, e logo em seguida vão para outros países, deixando os cargos para brasileiros.
Além deles, há os migrantes sulamericanos, que rompem as fronteiras para vir ao Brasil em busca de vínculos empregatícios e melhores condições de vida. Ainda que haja um grande fluxo dos vizinhos, especialmente os bolivianos, Barreto afirma que o trânsito de fronteira tem se mantém-se estável.
“Esse trânsito está acontecendo na mesma intensidade, não houve nenhum fator que indique que a migração fronteiriça tenha aumentado em termos quantitativos. O que há neste momento é uma redução do fluxo migratório, nós estamos mandando mais brasileiros para fora, ao contrário de antes, quando nos recebíamos mais”.
Está em evolução um programa de anistia de imigrantes irregulares no Brasil. Até o dia 31 deste mês, eles podem ir à qualquer posto da Polícia Federal para dar entrada na sua regularização. Para tal, é necessário apenas não ter antecedentes penais.
Ainda de acordo com o secretário executivo do Ministério da Justiça, o Brasil espera com isso, também poder contar com melhor tratamento para seus imigrantes em outros países. Para ele, é inadmissível que um migrante seja preso por estar sem visto.
“Isso não é uma questão penal, não deve ser tratada assim. Essa é uma questão administrativa. E nós estamos querendo mostrar que não vamos entrar nessa onda de tratar imigrante como criminoso”, afirma Barreto. Espera-se que, até a data prevista, 50 mil estrangeiros sejam regularizados no Brasil, ficando livres para fazer uso dos serviços públicos e trabalhar.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
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